Vendo o vídeo especial que o cantor Ricardo Cruz fez com a lenda dos animesongs Akira Kushida com as canções do Jaspion (vídeo no fim do texto) com ninjas cortando cebolas perto dos meu olhos, Imagino que será engraçado em um futuro próximo quando me perguntarem qual foi o primeiro herói da sua infância, eu responder que foi o 'tarzan das galáxias'. Até porque hoje em dia isso é inimaginável, no meio de tantos super heróis da Marvel e DC nos cinemas, televisão, desenhos animados, streamings...Mas ao menos quem é da minha geração talvez compartilhe da mesma opinião, ou se não for o Jaspion, tem o Jiraya, o Jiban, os Changeman, Flashman, black kamen rider e o RX, tem até a Patrine para se você for menina! Fomos bombardeados por herois japoneses de armadura ou de roupas coloridas e éramos felizes.
Em 2018 faz 30 anos da primeira exibição do Jaspion no Brasil, mas em 88 eu tinha apenas 3 anos e a história do policial do espaço acabou me influenciando uns dois três anos mais tarde. Não, ela não era uma série extensa, só tinha 46 episódios, mas o sucesso era tanto que sempre pingava uma reprise dele, sendo um 'chaves' da saudosa e querida TV Manchete. Sua primeira exibição teve número impressionantes, ficando em primeiro no ibope disputando o com a Xuxa de shortinho (sim, bizarrices dos anos 80) que era imbatível
Jaspion tinha tudo que uma criança da época gostaria de assistir: Transformações, lutas, um robô gigante lutando contra monstros também gigantes (quem viu Jaspion e não ama o gigante guerreiro Daileon tem uma pedra no lugar do coração) e apesar de alguns momentos meio pesados para uma criança de seis anos (quem viu a ressuscitação do MacGaren e o cântico das bruxas Kilza e Kilmaza 'berekeban katabanda' há de concordar comigo).As músicas fizeram os momentos icônicos da série ficarem mais grudados na mente dos fãs, afinal, vai dizer que não lembra da intro de ginga no Tarzan quando o bicho pegava ou quando Jaspion chamava o Daileon e tocava a música dele você não pirava?
O fim da série é espetacular como deveria ser, todo o desfecho é épico e talvez seja o episódio que eu mais tenha visto pois é emocionante ver o Daileon dar um pau no Satan Goss (Eu já disse que eu amo o Daileon, não é?) E não foi à toa que foi repetido por uns seis,sete anos e não só na Manchete, passou na CNT/Gazeta e na Record
O fim da série é espetacular como deveria ser, todo o desfecho é épico e talvez seja o episódio que eu mais tenha visto pois é emocionante ver o Daileon dar um pau no Satan Goss (Eu já disse que eu amo o Daileon, não é?) E não foi à toa que foi repetido por uns seis,sete anos e não só na Manchete, passou na CNT/Gazeta e na Record
E o mais importante de tudo: Se hoje nós somos otakus que amamos animes e tokusatsus, devemos ao Jaspion (e aos Changeman também, já que ele passaram juntos, embora os metal heroes faziam muito mais sucesso do que os super sentais aqui no Brasil e no Japão sempre foi ao contrário) Ele abriu a porta para dezenas de seriados japoneses e depois veio Cavaleiros do Zodíaco, que tratou de escancarar a porta das produções japonesas para o Brasil.
Mas se você analisar o jaspion hoje em dia, pode ver a incrível influência que star wars teve nele. Toda série metal hero teve sua influência em Star Wars - as espadas de laser não me deixam mentir - mas nele foi mais descarado. Satan Goss é uma versão gigante do Darth Vadder e logo no primeiro episódio, Jaspion entra na mesma taberna que aparece no primeiro star wars, com a bandinha de aliens e tudo! Outra referência é exterminador do futuro, com o inimigo do jaspion que se revela um androide bem assustador - mais um episódio que me deu calafrios.
Rever Jaspion me transporta diretamente na minha infância de menino que vivia doente e tinha a TV como sua principal distração. Lembro de quanto desenhei Jaspion e Daileon em folhas de papel e até das histórias que inventava - que hoje em dia seria fanfics - sobre eles. Ganhar meu boneco do Jaspion uma grande alegria e mesmo com um pequeno acidente - eu me empolgava nas brincadeiras das batalhas - e simplesmente quebrei a cabeça dele. Ainda o usei por anos sem cabeça, virando vários outros personagens da minha imaginação.
E ainda foi anunciado um filme remake de jaspion feito aqui no Brasil! Nélson Sato, dono da Sato Company e que trouxe a maioria dos tokusatsus para o brasil, anunciou o projeto que comemora os 30 anos da exibição do Jaspion no Brasil que deverá sair em 2020. Será que será bom e honrará toda a nostalgia que de burros velhos como eu? Creio que o meu primeiro herói deva ter um bom filme. Vai ser fundamental a expertise dos japoneses para essa empreitada fazer sucesso.
A importância de Jaspion para muitos no país é enorme. E o engraçado que no Japão ele teve uma audiência regular, afinal já era a quarta série de metal hero e tinha perdido a novidade, fator preponderante para o sucesso brasileiro. E as portas abertas por ele, nunca mais foram fechadas, apesar de seriados ou desenhos japoneses não serem a febre que já foram um dia, foi criado um público fiel aqui no país que sempre consome muita coisa vinda do país do sol nascente.
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