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Foo Fighters: Escancarar a dor para curá-la

O compositor tem uma uma relação instigante com a música. É onde ele externa suas alegrias e tristezas para que elas saiam de si e vão encontrar o mundo e quem sabe ajudar a quem ouvir. David Grohl, que do luto pelo fim do Nirvana criou o Foo fighters, resolveu fazer do recém álbum lançado, 'but here we are', uma grande terapia coletiva para que ele, sua banda e o todos os fãs pudessem passar melhor por esse luto da perda do baterista Taylor Hawkins  E Se os fãs tiveram o duro golpe de perder o querido baterista - o que por exemplo me deixou meses sem ouvir músicas do Foo Fighters por conta da dor dessa partida repentina - Grohl teve uma dor muito pior para se somar a essa meses depois: A perda de sua mãe, Virginia por conta de um câncer aos 84. Aquela que deixou um moleque seguir seu sonho de viver música e foi o grande norte do músico durante toda a vida.  E todas as letras são guiadas pela tentativa de Grohl superar essas duas perdas. A música que abre o disco é um o já hit
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O que fazer quando a banda da sua vida termina (ou vira uma banda 'zumbi') ?

Lembro até hoje quando fui na casa do meu amigo Daniel há uns 20 anos atrás. Ele foi logo me falando que tinha visto um clipe na MTV de uma banda muito doida, que pareciam ser árabes (eles são estadunidenses filhos de armênios que se refugiaram nos Estados Unidos, mas era época que a internet engatinhava e as informações também) bem loucos. Ele não pegou o nome, mas era um som que se eu ouvisse eu ia pirar. Fiquei curioso na hora, mas até acabei esquecendo depois. Mas quando vi 'Chop Suey' na MTV, não lembro do dia, mas lembro exatamente  a sensação de saber que era essa banda de que ele estava falando. Foi o blowmind mais incrível da minha vida. Apesar de gostar de muitas bandas de rock, até aquele momento do clipe eu não tinha aquela vibe que muitos tem de que ter a sua banda, aquela que a pessoa fala o nome e o pessoal diz " essa aí é a preferida do fulano'. E eu por ser um individuo deveras estranho - mas sou um cara legal, eu juro - nunca tinha tido um match com u

Titãs, 40 anos: Do pior ao melhor álbum (na minha humilde opinião)

Uma das bandas que mais amo dentre todas chama-se Titãs. O impacto que ela me causou pra ser do roquenrol perdura até hoje, e por mais que hoje ela não seja aqueles titãs de outrora, tenho um carinho enorme pelos integrantes e ex-integrantes.  E durante uma 'trava' que eu tive em março deste ano, que eu não conseguia escrever. nada saia, me vinha tantos pensamentos negativos e me sentia um merda que se achava incapaz de escrever com propriedade sobre qualquer coisa, então o deus do shuffle me colocou alguma das canções do Titãs que ativaram um gatilho dentro de mim e  foi me saindo de mim estes textos de forma bem rudimentar, e quando vi, me senti apto para escrever novamente.  Voltei a escrever lá pros idos de maio/junho e acabou que este texto não viu a luz do dia, porque ia polindo algo aqui , algo acolá, acertando um erro ou outro... Até então. Já que resolvi que no dia 16 de outubro, pra celebrar o dia em que o Titãs fez o seu primeiro show em há 40 anos atrás - Ou segundo

System Of a Down: O seu melhor dia no pior dia do mundo

Após um bom álbum de estreia, que abriu portas no mercado estadunidense, abrindo shows de bandas como Slayer e Metallica, o System of a Down resolveu dar o passo maior em meados de 2000: fazer um álbum que estourasse a banda no mundo. Os ingredientes eles já tinham: Um bom som, uma mistura de rap,rock,heavy e trash metal com uma pitada música armênia que deveria soar deveras estranho, mas por causa de tanta estranheza agradava os ouvidos da galera. E eles se juntaram a um senhor produtor chamado Rick Rubin, que já tinha produzido o primeiro álbum de 1998 após vê-los tocando na cena underground de Los Angeles no ano anterior. E em dezenas de composições, foram escolhidas as canções do álbum 'Toxicity' - as descartadas naquele momento fariam parte do 'Steal this album!' de 2002. A um mês do lançamento, foi lançado o clipe de 'Chop Suey!', uma canção que trouxe o SOAD à glória, mas quase o levou ao 'inferno'. Antes de mais nada vou tentar 'explicar'

Roupa Nova é rock sim!

A banda brasileira que talvez sofreu (e ainda sofre, eu acho) mais preconceito da grande crítica é o Roupa Nova. comercial demais para ser considerado rock, sofisticado demais para ser considerado pop (ou brega), o grupo sofreu muito com críticas rasas em sua discografia por ter ficado nesse 'limbo' na música brasileira.  Mas não é injusto dizer que o Roupa Nova é um dos grupos mais prolíficos da música brasileira, uma verdadeira máquina de hits no seu auge nos anos 80 e 90. A morte de um dos seus integrantes Paulinho em dezembro, levado pela maldita covid-19, acabou escarando em muitos o  guilty pleasur e , que todos deveriam (no mínimo) ter. Inclusive quem se intitula o roqueirão. As pessoas podem criticar o que quiser neles, mas nunca poderão falar algo do talento musical do grupo. Não existe um grupo tão virtuoso tecnicamente como eles no Brasil. (Abro um parênteses pra lembrar do tempo que trabalhei em um stand de informática em um shopping e o meu vizinho do stand da fren

Quando a MTV Brasil tinha o coração e mente dos jovens

  Há exatos 30 anos, a MTV aportava no Brasil. Quem tem 25 anos ou mais com certeza foi impactado de alguma maneira pelo canal. Ora pelos clipes, pelos programas, ou por alguma paixonite por um(a) VJ. Para mim, a MTV foi a dubiedade de ser o último momento romântico onde a música não era só música, era uma experiência sensorial, onde você aquele seu artista cantando aquela música que você só via pelo encarte do cd e o primeiro momento em que a música se tornava um pastiche, um produto descartável que você ouvia por 3 meses (ou menos) e já não valia mais nada. Não sei dizer o ano exatamente de quando comecei a assistir Eu lembro da Sabrina Parlatore apresentando o Disk MTV. Em uma época em que eu, com 12,13 anos, não tinha muito aquele gosto musical apurado, tinha ouvido de tudo um pouco no cenário popular mas nada tinha me identificado como o MEU gosto musical. Apesar de assistir sem muito afinco, digamos assim, a virada do meu caso de amor com a MTV, foi quando meu grande amigo Daniel

'Um dia de fúria': Às vezes, só basta uma fagulha para explodir

O diretor Joel Schumacher faleceu na semana em que esse texto foi feito aos 80 anos. E acabou anunciado nas grandes mídias como o diretor dos filmes ruins do Batman (eternamente e batman & robin). São filmes ruins? sim (mas tem todo um contexto por trás que um dia eu explique) mas sua carreira não se resume só a isso. Ele fez outros bons filmes, clássicos oitentistas como 'O primeiro ano do resto de nossas vidas' e 'Garotos Perdidos', '9mm' (com Nick Cage, o ator 8 ou 80 adoramos odiar), o ótimo 'Tempo de matar' e o que pra mim é sua obra-prima, 'um dia de fúria" Dizem que é um filme que repete pouco nas Tvs a cabo da vida por ser um filme extremamente convidativo. Ou seja, tem o medo de que as pessoas resolvam comprar submetralhadoras e bazucas e saiam explodindo as coisas por aí. Claro que  quem viu o filme já se imaginou ameaçando os pobres atendentes de fast food com uma arma pedindo pra fazer um sanduíche igual ao que tem na fot